Cobertura de equipes de saúde bucal em áreas descentralizadas de saúde do Ceará: uma série temporal
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v21i1.2316Palavras-chave:
acesso aos serviços de saúde; saúde bucal; Atenção Primária à Saúde.Resumo
O avanço na implantação de equipes de saúde bucal (eSB) possibilitou maior cobertura populacional no estado do Ceará. No entanto o aumento do número de equipes nem sempre indica maior acesso ao tratamento odontológico. Objetivo: Analisar o histórico de primeiras consultas odontológicas e eSB implantadas nas Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS) de uma Região de Saúde. Material e métodos: Estudo de série temporal em três de 22 ADS do estado do Ceará. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados DATASUS e e-Gestor por meio do número de primeiras consultas, número de eSB, estimativa de cobertura populacional e percentual de cobertura da saúde bucal, no período de 2008 a 2021. Os dados foram organizados em planilha no Microsoft Excel e analisados por intermédio de estatística descritiva. Resultados: Entre 2008 e 2015 as primeiras consultas cresceram 119%; em seguida houve declínio na média de 47.934 para 1.605 em 2018. O número de eSB aumentou de 97 para 163 em todo o período. A ADS com maior percentual de população atendida e maior número de primeiras consultas (48,4%) foi Limoeiro do Norte. A ADS de Russas aumentou 8,4 vezes a cobertura de eSB em relação à população. Conclusão: Observou-se tendência decrescente no número de primeiras consultas odontológicas, mesmo com a implantação de novas eSB, o que implica redução do acesso ao tratamento odontológico na Atenção Primária à Saúde.