Frenectomia lingual em criança com paralisia cerebral sob estabilização protetora
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v22i1.2672Palavras-chave:
paralisia cerebral; assistência odontológica para pessoas com deficiências; anquiloglossia.Resumo
A paralisia cerebral (PC) é uma desordem não progressiva dos tônus, do movimento e da postura, causada por uma lesão que afeta o cérebro imaturo e que interfere no desenvolvimento do sistema nervoso central. A anquiloglossia causa limitação dos movimentos da língua e necessita de intervenção cirúrgica, chamada frenectomia lingual, na qual se remove o tecido mucoso que compõe o freio, liberando a língua para realizar seus movimentos e funções, melhorando assim todo o desenvolvimento da cavidade oral. Objetivo: Relatar o manejo cirúrgico de uma criança com PC e quadro de anquiloglossia. Relato de caso: Paciente chegou com queixa principal da anquiloglossia, além da preocupação pela ausência dos dentes 11 e 21; segundo a família, já havia mais de 6 meses que os incisivos centrais superiores decíduos haviam esfoliado. Ao exame clínico confirmou-se o quadro de anquiloglossia, falta de selamento labial com mordida aberta anterior. Foi realizada uma radiografia oclusal modificada da região dos incisivos superiores e observou-se apenas fibrose gengival impedindo a erupção dos dentes permanentes. O tratamento da anquiloglossia foi a frenectomia lingual, utilizando a técnica cirúrgica convencional, em âmbito ambulatorial, com uso da estabilização protetora. Para essa técnica utilizou-se o pedi-wrap, juntamente com a técnica corpo a corpo feita pelo pai do paciente, além do uso do abridor de boca durante todo o procedimento cirúrgico. Optou-se por acompanhar a erupção dos dentes 11 e 21, sem nenhum tipo de intervenção. Conclusão: É possível atender em âmbito ambulatorial um paciente com paralisia cerebral, realizar procedimentos cirúrgicos, sem necessidade de sedação medicamentosa, desde que técnicas de estabilização protetora sejam bem executadas.