Manejo cirúrgico de uma dilaceração cementária associada a uma infecção endodôntica persistente
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v22i1.2674Palavras-chave:
periodontite apical; cemento dentário; tomografia computadorizada de feixe cônico; procedimentos cirúrgicos bucais.Resumo
A dilaceração cementária, ou cemental tear, é uma condição periodontal rara que se caracteriza pela separação total ou parcial do cemento, potencialmente levando a impactos clínicos significativos, especialmente quando associada a patologias periapicais. Objetivo: Relatar o manejo cirúrgico de um caso de dilaceração cementária associado a uma infecção endodôntica persistente. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 53 anos, apresentou-se com queixa de dor, desconforto e inchaço na região do dente 21. O exame intrabucal revelou fratura coronária, alteração de cor, fístula e profundidade de sondagem de 4 mm, com teste de sensibilidade pulpar negativo. O exame de tomografia computadorizada de feixe cônico evidenciou extensa reabsorção óssea periapical com rompimento da cortical vestibular e palatal. O diagnóstico de abscesso periapical com fístula foi estabelecido. Apesar do tratamento endodôntico inicial, a lesão periapical persistiu, levando à indicação de abordagem cirúrgica. O tratamento cirúrgico inclui curetagem periapical, apicectomia e retro-obturação. Resultados: Acompanhamentos entre 60 dias e 15 meses indicaram reparo da área afetada, resolução das fístulas e ausência de dor. Conclusão: A abordagem cirúrgica para tratar cemental tear mostrou-se uma alternativa viável e eficaz diante do insucesso endodôntico causado por persistência microbiana.