Ficus cestrifolia Schott ex Spreng (Moraceae) como foco no recrutamento de espécies florestais em pastagens abandonadas

Autores

  • Carlos Eduardo Zimmermann Universidade Regional de Blumenau
  • Daniela Fink Universidade Regional de Blumenau

DOI:

https://doi.org/10.21726/abc.v12i3.2586

Resumo

Árvores isoladas em pastagens abandonadas podem servir como poleiros, atraindo aves e morcegos que defecam sementes sob suas copas, onde as condições são mais propícias para a germinação de sementes e o estabelecimento de plântulas. O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de colonização por espécies vegetais que ocorreu sob a área da copa de dois indivíduos de Ficus cestrifolia em pastagens abandonadas no Parque Nacional da Serra do Itajaí, Santa Catarina. Partindo do tronco das figueiras, foram demarcadas quatro parcelas fixas de 10 x 10 m, resultando em uma área amostral total de 800 m2. Cada plântula com altura superior ou igual a 30 cm foi etiquetada e teve sua localização registrada. Considerando as duas figueiras, foram marcados 1.380 indivíduos, com 40 e 39 espécies identificadas, respectivamente. As espécies mais abundantes foram Nectandra membranacea, com 101 indivíduos (20,15%), e Miconia cabucu, com 127 indivíduos (14,48%). Registros de Myrsine coriacae, Alchornea tripinervia e Virola bicuhyba representam diversos estádios da sucessão florestal e indicam que figueiras funcionam como poleiros e se encaixam no modelo de espécie nucleadora em projetos de restauração ecológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela Fink, Universidade Regional de Blumenau

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Tem mestrado e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde e Meio Ambiente, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE.

Downloads

Publicado

2025-09-05

Como Citar

Carlos Eduardo Zimmermann, & Daniela Fink. (2025). Ficus cestrifolia Schott ex Spreng (Moraceae) como foco no recrutamento de espécies florestais em pastagens abandonadas. Acta Biológica Catarinense, 12(3), 8–20. https://doi.org/10.21726/abc.v12i3.2586